Streaming é apenas uma opção
A guerra dos streamings

Chegando no Brasil em Setembro de 2011 a Netflix marcou o mercado internacional e nacional. Não é difícil de imaginar o impacto que o serviço causou em território sul-americano. Nessa época o país era infestado de videolocadoras e serviços alternativos (camelôs).
Levando em conta o cenário socioeconômico, o país se deslumbrou com seu custo de lançamento em cerca de R$ 15,00 (hoje R$55,90). Com um catálogo limitado e apresentando séries e filmes com janelas de 5 ou 6 anos, o serviço era de longe o mega conglomerado com um potente catálogo como visto atualmente.
Passaram-se os anos e uma dúvida foi se criando no meio dos assinantes: “Para onde foi o filme que estava na minha lista?” Acredito que você ao ler isso já se questionou por diversas vezes. Vamos analisar um pouco o mercado.
Atualmente os streamings trabalham com produções nas seguintes características:
● Produções Próprias
● Produções Licenciadas (algumas vezes confundidas com o tópico anterior)
● Produções coproduzidas
● Produções adquiridas
Diferente do que todo mundo acredita, uma produção original nem sempre é de total domínio da plataforma. O serviço pode adquirir o título através de licenças de distribuição para um território ou mundialmente, assim como assumir sua produção ou parte dela dando direitos de exploração da marca. Tendencialmente, acreditamos que uma produção que leva a marca do streaming seja eterna da plataforma. Acredite ou não, tudo é regido por contrato com prazos definidos e, algumas das vezes, com possibilidade de renovação sob um custo adicional.
Atualmente os serviços, como a Netflix, fazem uso de algoritmos que imputam uma nota de corte taxativa ou equivalente ao número de assinantes, tempo assistido e visualizações. Tais fatores são cruciais para um título ser mantido, renovado ou descartado.
Sabe aquele filme clássico que você tanto assistia na sua infância, mas não acha em lugar algum? Então, basicamente, quanto mais pedidos eles tiverem, maiores são as chances para ele entrar. Ao mesmo tempo, quanto mais pessoas assistirem maior a possibilidade
dele se manter. Agora sabe quando ele some? Só você quer saber dele…
E agora, onde assistir? Nossas alternativas se resumem ao VOD, que capenga muito no Brasil ao ponto de praticar preços fora da realidade, e as mídias físicas (DVD/ Blu-ray/VHS).
Em resumo, trago essa reflexão para vocês: Você não é dono daquilo que paga e assiste, ao mesmo tempo, pode não se importar em pagar para ver algo pontualmente.
Quer procurar um determinado título e não acha pela internet? Te indico buscar pelo JustWatch. Caso não encontre no streaming ou em VOD, não é demérito algum usar a boa e sempre útil mídia física.
Fonte: https://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2011/09/netflix-chega-ao-brasil-por-r-15-por-mes.html
Douglas Bastos
